O candidato presidencial do bloco central PS-PSD-CDS (Neoliberal) ganhou com toda a naturalidade no distrito de Portalegre (55,71%), exceção foi a freguesia de S. Vicente e Ventosa no concelho de Elvas, onde o candidato vencedor foi o Ventura.
O Candidato presidencial da Extrema direita (Neofascista) André Ventura obteve uma média distrital de 20.04% dos votos, os quatros concelhos onde obteve maior votação foram: Monforte (31,41%), Elvas (28,76%), Alter do Chão (25,25%) e Arronches (24,66%).
A Candidata presidencial do Bloco de Esquerda Marisa Matias ficou em quinto lugar e teve uma média distrital de 3,13% de votos, os concelhos com maior votação foram: Campo Maior (4,10%), Castelo de Vide (3,97%), Marvão (3,87%) e Arronches (3,85%).
O candidato presidencial do PCP João Ferreira teve 7,27% e a candidata presidencial independente, Ana Gomes 10,22%.
Como interpretar esta votação? Que lições tirar para o trabalho imediato e futuro do nosso partido movimento?
Podemos dizer que foi um voto de protesto, pelo esquecimento a que o Alentejo no particular e o interior no geral foi votado, pelos partidos que nos têm governo e pelos que mesmo sem serem governo, de uma forma ou de outra, tem colaborado ativamente ou então pela inércia, embora fazendo muito barulho, mas depois na prática os resultados são diminutos?
Forçosamente temos que olhar para trás, para a história dos últimos cem anos, que nos trouxe aqui, entender a realidade de hoje, e depois agir e influenciar. Este olhar é necessariamente demorado, pese embora os variadíssimos estudos e análises que existem sobre o assunto, nunca é demais reavivar, reanalisar e repensar o passado recente, ele leva-nos a entender o presente e para nós marxistas, que lutam pelo ecossocialismo é de fundamental importância.