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Fazer a diferença em Ponte de Sor!

Nas Legislativas de 2015, no debate com António Costa, Catarina Martins deixou o repto ao Partido Socialista: “se o PS estiver disponível para abdicar dos cortes nas pensões, parar com a austeridade e recuperar rendimentos e direitos, nós depois das eleições estamos cá para conversar”. Este repto veio a ser o percussor da atual solução governativa chamada de “geringonça”.

Se não fosse este o caminho como estaria agora o País e os portugueses? E o Partido Socialista? Na oposição com António Costa ou outro Assis qualquer? No caminho do PS grego, francês ou espanhol?

Uma certeza parece existir: quem votou no Bloco de Esquerda não deve estar arrependido já que esses votos contribuiram decisivamente para a atual solução governativa que reverteu a politica de austeridade para a recuperação de rendimentos do trabalho, aumentos nas reformas, pensões e direitos, sabendo que muito mais está por fazer.

Muito há ainda para fazer e o Bloco está empenhado num esforço de levar mais adiante a recuperação do emprego, na melhoria dos rendimentos do trabalho e dos direitos, na Saúde e Educação, etc. etc. a partir desde já do próximo Orçamento de Estado para 2018.

Uma das principais lições de todo este processo é que as maiorias absolutas bloqueiam o funcionamento da democracia não respeitam as opiniões da minoria no executivo municipal e ignoram decisões da Assembleia Municipal às quais não estejam de acordo, fomentam o caciquismo, o clientelismo e o tráfico de influências. Funcionam como partido único no poder ao jeito de uma “União Municipal” gerando a cultura da subserviência e do medo aonde as pessoas se sentem constrangidas em se manifestarem ou de tão pouco fazerem escolhas diferentes da “maioria” instituícionalizada já que o seu emprego ou de um seu familiar pode estar em risco...

A cultura do medo e da subserviência

Em Ponte de Sor a maioria do Partido Socialista funciona assim e quem quizer ter a oportunidade de um emprego para si ou para um seu familiar, tem de manifestar apoio à atual maioria senão apenas vive da promessa do emprego que nunca mais chega... dezenas e dezenas de casos em que as pessoas de voz baixa vão desabafando face às injustiças de que têm sido vitimas. O medo apoderou-se delas e das suas famílias e devido a isso há pessoas que optam pelo silêncio e pela subserviência... claro que dar a cara pode ser ainda mais penalizante!

O Rigor e a transparência são uma exigência a quem exerce cargos públicos

Os autarcas como gestores dos dinheiros públicos devem assentar a sua gestão sob o primado do rigor e da transparência repeitando as competências das respetivas Assembleias Municipais e de freguesia de forma a que estes Órgãos possam em bom rigor fiscalizar os atos de gestão praticados pelos seus executivos.

O que se tem verificado em Ponte de Sor é um permanente esconder dos atos à Assembleia Municipal impedindo esta de exercer cabalmente a sua função. As contas do executio normalmente aparecem truncadas e confusas e com artimanhas como: receitas ou despesas várias, nunca se sabendo a que rubricas respeitam esses itens.

A somar a esta situação é a de que os cidadãos e as cidadãs estão completamente fora da informação sobre a real situação financeira do Município é que só lhes são mostradas as aparências através de um Show Off em torno de eventos mediatizados e com a colaboração do principal Jornal de Ponte de Sor, que mais parece os Ecos da maioria que governa o concelho que os Ecos do Sor...

Mas o rigor e a tranparência não é só sobre a gestão financeira do município ou de outros atos de gestão, ela deve ser estendida a todas as práticas inerentes a toda a situação politica e social do concelho. Quando há um ano, Agosto de 2016 se verificou um caso de violencia com a gravidade que todos nos recordamos em que as Televisões assentaram arraiais em Ponte de Sor com diretos quase continuos, veio o Presidente da República; o Ministro e o Ministro dos Negócios Estrangeiros condenar o sucedido e a mostrar solidariedade para com a vítima e sua família da brutal agressão. Instalou-se na sociedade Pontessorense um clima de insegurança em que as pessoas já tinham medo de sair à noite. Durante este período o que fez o executivo camarário e em particular o Presidente da Câmara de Ponte de Sor? “escondeu-se” e nem uma palavra para sossegar as preocupações dos cidadãos e das cidadãs sobre o clima de insegurança, apenas fez alguns telefonemas à família da vítima e depois fez-se convidado para um programa da SIC tendo saído de lá enxovalhado por um jornalista/comentador que mostrou estar melhor documentado que ele próprio e pela Júlia Pinheiro, dando assim uma péssima imagem do que deve ser um Presidente de Câmara.

Falar verdade faz toda a diferença!

Em conversas separadas com dois socialistas com algum protagonismo político em Ponte de Sor, sobre as mentiras em torno do nº de postos de trabalho no Aeródromo Municipal e da trapalhada em torno dos parquímetros, ambos me responderam: “se não se mentir, não se ganham eleições”. isto é: prosseguir naquilo que mais tem afastado as pessoas da política e que é a principal causadora das elevadas abstenções nos actos eleitorais e que uma parte significativa dos eleitorado vê na classe poltica: são todos iguais e todos uns mentirosos...

Ora esta prática está em contra-ciclo com que tem emanado o espírito da governação da chamada geringonça aonde tem sido feito um esforço nos consensos para se falar a verdade às pessoas e apontar para soluções governativas que respondam aos seus problemas.

Alguns manifestam receio com o discurso do Bloco sobre o Aeródromo porque pode levar a pensar que somos contra a existência do mesmo. Nada disso! O Aeródromo existe e nele já está investido perto de 30 milhões de euros, sendo que destes, perto de 10 milhões é investimento do próprio Município e assim sendo o que há a fazer é falar toda a verdade sobre o impacto económico e social no concelho deste enorme investimento e não permitir que se falsiem os números para enganar as pessoas e assim conquistar mais votos nas eleições, sendo que a mentira tem perna curta e só denigre a classe politica. Falar do Aeródromo é também falar em soluções para que este investimento não se venha a perder e que possa cumprir com os objetivos de proporcionar ma melhoria da situação do emprego e o bem estar económico e social dos Pontessorenses.

SÓ A VERDADE ENOBRECE A POLÍTICA E SÓ COM A VERDADE SE MOBILIZAM AS PESSOAS PARA AS CAUSAS QUE LHES DIGAM RESPEITO!

FALAR VERDADE, A FORÇA DA DIFERENÇA!

Nota: No próximo artigo que publicarei abordarei as soluções que o Bloco propõe para o Aeródromo Municipal.