Em muitas escolas do país, a greve à PACC (PROVA DE AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS E CAPACIDADES) teve uma adesão quase de 100%. Os professores contratados com menos de cinco anos de serviço passaram pela humilhação de serem vigiados por colegas e de não lhes ser reconhecida a competência da licenciatura que obtiveram no ensino oficial.
À saída da Escola Secundária Mousinho da Silveira foi notório a revolta de quem teve de se submeter a esta prova e ver os colegas mais velhos a colaborarem com uma atitude do governo que abre graves precedentes.
Segundo o Sindicato de Professores da Zona Sul (delegação de Portalegre), na “Escola Secundária Mouzinho da Silveira, a prova realizou-se nas 5 salas destinadas para o efeito. Dos 28 professores do Quadro convocados para o serviço de vigilância, declararam-se em greve apenas 2.
A realização da prova foi no entanto pontuada por pequenos incidentes ao longo da manhã: a jovem professora que vinha com o seu bebé para amamentar e que pediu condições para o fazer, o facto de todos os professores inscritos na prova terem entrado na escola com os autocolantes de protesto ao peito, a professora que saiu da sala em protesto, revoltada pela humilhação de ser sujeita a tão absurdo mecanismo de seleção.
Em Elvas, na Escola Secundária D. Sancho II, foi afixada na 2ª feira à tarde (com menos de 48 horas de antecedência…) uma ordem de serviço que sobrepondo-se a outra anterior, convocava 55 professores do Agrupamento nº 3 para o serviço de vigilância à prova. A PACC realizou-se em 3 salas apesar de estarem em greve 36 professores vigilantes.”