Dizer que Portugal é um país de brandos costumes é enfileirar numa mentira inventada pelo Estado Novo para convencer os portugueses disso mesmo. Hoje, repetem-se mentiras com a ideia de que podem parecer verdades, mas a história escreve-se todos os dias e os resultados, infelizmente repetem-se.
A somar às falhas do governo em matéria de previsões, somam-se as mentiras, a irrevogabilidade de Paulo Portas, os swap's escondidos e os embustes malabaristas de Rui Machete. O FMI entra nestes "cálculos" com as contradições e a União Europeia com o faz de conta. A realidade está à vista, expectativas e previsões não batem certo com a economia real! Podem mentir, esconder e até prometer, mas o segundo resgate está a caminho, só falta definir o habitual "bode expiatório"...
A grande marca desta governação tem como divisa o embuste; foi assim com Miguel Relvas, com os subsídios, os salários, as pensões, os "boys", etc., etc. A promoção de Portas tem o mérito de promover o melhor e mais dedicado embusteiro, ex. político populista defensor do contribuinte... A sua linha vermelha foi agora descoberta como sinuosa e negra, ao apresentar o imposto aos defuntos, referindo que não há cortes; contudo Portas admite "cortes com sensibilidade"... e omite que vão ser sonegados 445 milhões de euros aos salários dos funcionários públicos.
Rui Machete é o sinal do desnorte deste governo. Em muitos governos, até de "qualidade" duvidosa, este ministro já tinha sido demitido. Outros no seu lugar, mas com espírito de responsabilidade e com menos culpa, pediram a demissão. A amnésia em relação ao BPN/Ações não funcionou no caso Angolano. Machete não se esqueceu que está ligado a individualidades envolvidas em negócios ruinosos para Portugal liderados por Isabel dos Santos. Da esquerda à direita são muitos os que caucionam aquela "república das bananas", mas não todos... Rui Machete caminha para os óscares das contradições em tempo recorde!
Depois de uma negociação que foi um fiasco, Passos Coelho diz que o problema está nos críticos... Revela uma perfeita sintonia com Cavaco Silva que acusa os opositores de serem masoquistas; outro candidato aos óscares das contradições com a recente declaração de que a dívida é agora, sustentável. A economia americana e europeia estão em sobressalto e a recessão em Portugal continua com mais desemprego e cortes nos salários e um deficit que já se percebeu que não vai ser cumprido e um país à beira do colapso social com o próximo orçamento de estado ("choque de expectativas") agressivo para a economia.
Com tudo isto, a austeridade veio para ficar, o país é sobrecarregado e sangrado em nome da obsessão do deficit/cobradores de juros-jurássicos e, com este cenário, eu vos garanto, o segundo resgate está a caminho!