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Democracia Participativa

Foi no ano de 2005 que tive a minha primeira experiência como candidata a um órgão do poder local. Nessa altura tive o cuidado de pensar em soluções para Portalegre para que os seus habitantes e quem nos visita sinta uma cidade acolhedora. Posso dizer que com bastante agrado vi realizarem-se algumas das propostas que defendi, mas muitas ficaram por fazer.

Este ano é novamente ano de eleições e eu gostava de ver ideias concretas para Portalegre, no lugar de grandes aparatos publicitários sem mensagens. Bem sei que me vêm dizer que não há dinheiro, pois bem, ouvir e dar esclarecimentos à população não custa dinheiro e é um exercício de democracia.

Se o problema é o dinheiro, devido à grande dívida herdada por asneiras sucessivas sem a auscultação das pessoas, está na hora de mudar. As propostas, muitas vezes ocultadas dos programas eleitorais, devem ser apresentadas aos cidadãos e a palavra destes deve ser levada em linha de conta. Tal como na construção de orçamentos camarários, os orçamentos participativos são uma ferramenta essencial para que os locais possam decidir sobre o futuro do Concelho.

Esta prática nunca existiu em Portalegre, apesar de ter sido proposta e caricaturada por autarcas no poder e por sinal, responsáveis da preocupante dívida da Câmara Municipal de Portalegre. É por isto e pelas medidas que defendi em 2005, que afirmo a necessidade de uma mudança na forma de funcionamento da C.M.P. e para isso, são os eleitores que também devem exigir propostas e porque não, escolherem candidatos que oiçam as populações nas decisões importantes do Concelho.